quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Máscaras

E mais uma vez estou aqui...
Onde é aqui? AQUI é no meu quarto escuro, no meu mundo vazio...
É nessa hora que eu tiro minhas máscaras, que deixo meus personagens pendurados ou espalhados pelo chão. Deixo o personagem de feliz, de alegre, de séria, e principalmente o de forte, personagens esses que andam comigo diariamente na bolsa.
A cada momento um personagem é tirado, uma máscara é trocada, mas quando chego em casa, me fecho em meu quarto escuro tiro todos eles e é nesse momento que sou eu mesma, um eu que não sei o que é ou como é, apenas sei que é um eu triste, sem vontade de viver, um eu frágil e que tem medo do mundo por que no fundo ainda tem sentimentos.
Sentimentos esses que tem que matar toda vez que levanta da cama e veste seus personagens e suas máscaras, mas são como um câncer enraizado, sempre somem, mas quando acha que não existe mais eles voltam e te corroem por dentro.
Te fazem sangrar por dentro e desejar sangrar por fora, e quanto mais os sentimentos te machucam mais você usa as máscaras para assim mantê-los longe. Até que chega uma hora que você usou tanto as máscaras que está como um zumbi fazendo as coisas no automático inclusive viver.
Você se torna fria, e quando olha para os lados percebe que está sozinha então tira as máscaras, se acostuma com os sentimentos e com a fragilidade novamente e volta a viver como antes, com amigos, e vendo a cor do mundo, até que começa a sentir falta de alguma coisa que não sabe o que é, não consegue mais ver a graça e a cor do mundo e se pergunta o por que
E é antão que você abre um armário qualquer e lá estão todas as máscaras e os personagens e você os coloca e é então que tudo se inicia novamente mas tem coisas que nunca mudam...o quarto sempre estará escuro e vazio, o escuro sempre será seu refúgio e as máscaras sempre vão estar ali no armário...

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